Maçonaria e Ortodoxia
- Resposta Ortodoxa
- 19 de mai. de 2022
- 14 min de leitura
Atualizado: 23 de mai. de 2022

Em 1872, foi publicado pelo Supremo Conselho, de Rito Escocês, o livro Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, por Albert Pike, um advogado e militar americano que foi eleito "Soberano Grande Comendador" da jurisdição do Sul.
Fica claro a partir da seguinte declaração que os cristãos ortodoxos devem repudiar o movimento maçônico e o renunciar se tiverem se juntado a ele por ignorância de seus objetivos. Pike afirma:
"Toda Loja Maçônica é um templo de religião; e seus ensinamentos são instrução em religião". (p. 213)
"A maçonaria, em torno de cujos altares o cristão, o hebreu, o muçulmano, o brâmane, os seguidores de Confúcio e Zoroastro, podem se reunir como irmãos e se unir em oração ao único Deus que é acima de tudo o Baalismo". (p. 226)
"A maçonaria, como todas as religiões, todos os Mistérios, esconde seus segredos de todos, exceto dos Adeptos e Sábios ou Eleitos e usa falsas explicações e interpretações de seus símbolos para enganar aqueles que só merecem ser enganados" (p. 105).
Acerca das citações do capítulo 10 do livro de Pike, citados acima, o Patriarca Atenágoras e o Arcebispo Iakovos citaram ou reformularam frequentemente as afirmações:
"Nenhum ser humano pode com certeza dizer, no confronto e conflito de fé e de credos hostis, o que é a verdade, ou que ele certamente está em posse dela, então cada um deve sentir que é bem possível e outro igualmente honesto e sincero consigo mesmo, e ainda tendo uma opinião contrária, pode ele mesmo estar em posse da verdade".
Basta ler a declaração do Patriarca Atenágoras ou o sermão do Arcebispo Iakovos na Catedral de São Patrício, 19 de janeiro de 1969, para perceber que eles expõem continuamente a doutrina maçônica que se opõe a um ensino ortodoxo sadio. Os próprios fundadores e expoentes principais do movimento ecumênico são membros da ordem maçônica que os inspira e lhes dá suas diretrizes. Não é de admirar, então, que a Ortodoxia se torne sem importância para essas pessoas?
Considere esta citação de um pensamento maçônico mais contemporâneo, retirado do atual manual de instrução usado pelos maçons no estado de Kentucky:
“A Maçonaria não faz profissão de Cristianismo... mas anseia pelo tempo em que o trabalho de nossos antigos irmãos será simbolizado pela construção de um templo espiritual... no qual haverá apenas um altar e um culto; um altar comum da Maçonaria em que os Vedas, Shastras, Sade, Zendavestá, o Alcorão e a Bíblia Sagrada permanecerão intocados por mãos sacrílegas, e em cujo santuário o hindu, o persa, o assírio, o caldeu, o egípcio, chineses, muçulmanos, judeus e cristãos poderão se ajoelhar e em uma única voz celebrar os louvores do Arquiteto Supremo do Universo". (Kentucky Monitor by Henry Pirtle, pg. 95)
Ou uma declaração da própria entidade na revista Le Temple, publicada em Paris, órgão oficial da Maçonaria de Rito Escocês, no artigo “A União das Igrejas” (nº 3, setembro de 1946)
“Perguntam-nos por que entramos em disputas de natureza religiosa, até que ponto questões da união das igrejas, congressos ecumênicos, etc., podem apresentar algum interesse para a maçonaria... Mesmo que tentássemos esquecer que a maçonaria tem uma origem religiosa, o próprio fato da existência de religiões nos exigiria um esforço constante para unir em unidade todos os mortais, naquela unidade com a qual sempre sonhamos. O problema levantado pelo plano da união das igrejas que confessam Cristo interessa muito à maçonaria e é semelhante a ela, pois contém em si a ideia do universalismo. E permita-nos acrescentar que se esta união... está no caminho certo, por isso é vinculada à nossa Ordem".
Leia e releia esta declaração abaixo para entender a opinião ortodoxa correta acerca deste assunto.
Declaração Oficial do Sínodo da Igreja da Grécia
Os Bispos da Igreja da Grécia em sua sessão de 12 de outubro de 1933 preocuparam-se com o estudo e exame da organização internacional secreta, a Maçonaria. Ouviram com atenção a exposição introdutória da Comissão de quatro bispos nomeados pelo Santo Sínodo em sua última sessão; também o parecer da Faculdade de Teologia da Universidade de Atenas, e o parecer particular do Prof. Panag Bratsiotis que foi anexado ao mesmo. Eles também levaram em consideração publicações sobre esta questão na Grécia e no exterior. Depois de uma discussão chegaram às seguintes conclusões, aceitas por unanimidade por todos os bispos.
"A Maçonaria não é simplesmente uma união filantrópica ou uma escola filosófica, mas constitui um sistema mistagógico que nos faz lembrar os antigos mistérios pagãos - religiões e cultos - dos quais ela deriva e é sua continuação e regeneração. Isto não só é admitido por professores proeminentes nas lojas, mas eles o declaram com orgulho, afirmando literalmente: ‘A Maçonaria é a única sobrevivência dos antigos mistérios e pode ser chamada de guardiã deles'; a Maçonaria é uma progênie direta dos mistérios egípcios; ‘a humilde oficina da Loja Maçônica nada mais é do que as cavernas e a escuridão dos cedros da Índia e as profundezas desconhecidas das Pirâmides e as criptas dos magníficos templos de Ísis; nos mistérios gregos da Maçonaria, tendo passado pelos caminhos luminosos do conhecimento sob os misteriosos Prometeu, Dionísio e Orfeu, formulou as leis eternas do Universo! ’
Tal ligação entre a Maçonaria e os antigos mistérios idólatras é revelada na encenação realizada nos rituais de iniciação. Como nos antigos ritos das religiões de mistério, os iniciados dramatizam a vida e morte do deus pagão; nesta repetição imitativa o iniciado morria juntamente com seu padroeiro, em uma representação mítica como a do Sol, que morre no inverno e renasce na primavera. Da mesma forma, na iniciação do terceiro grau maçom, o iniciado repete o mito de Hiram(1), no qual padece o mesmo martírio, sendo atingido nas mesmas partes do corpo e pelos mesmos instrumentos que Hiram, representando a sua morte. De acordo com a confissão de um conceituado professor maçom, Hiram é 'como Osíris, como Mitra, e como Baco, uma das personificações do Sol'.
Assim, a Maçonaria é, obviamente, uma religião de mistérios, muito diferente, separada e alheia à fé cristã. Fica evidente pelo fato de possuir seus próprios templos com altares, representados por mestres notáveis, como que ‘oficinas que não podem ter menos história e santidade que a Igreja’, como templos de virtude e sabedoria onde um Ser Supremo é adorado e a verdade ensinada. Possui suas próprias cerimônias religiosas, como a cerimônia de adoção ou o batismo maçônico, a cerimônia de reconhecimento conjugal ou o casamento maçônico, o serviço memorial maçônico, a consagração do templo maçônico, e assim por diante. Possui suas próprias iniciações, seu próprio ritual cerimonial, sua própria ordem hierárquica e uma disciplina definida. Como se pode concluir da agitação maçônica e das festas dos solstício de inverno e verão com refeições religiosas e regozijos em geral, que é uma religião fisiolátrica (materialismo religioso).
É verdade que, a princípio, pode parecer que a maçonaria pode ser conciliada com qualquer outra religião, pois não está diretamente interessada na religião à qual pertencem seus iniciados.
Isso se explica, no entanto, por seu caráter sincrético e prova que também neste ponto é uma cria e uma continuação de antigos mistérios idólatras que aceitavam como iniciados devotos de todos os deuses. Mas como as religiões de mistério — apesar do aparente espírito de tolerância e aceitação de deuses estrangeiros — levam a um sincretismo que acaba minando e abalando, gradualmente, a convicção em outras religiões. Assim, a Maçonaria hoje, procura abarcar toda a humanidade, prometendo aperfeiçoamento moral e conhecimento da verdade, se apresentando como uma espécie de super-religião e enxergando todas as religiões (sem exceção do cristianismo) como que inferiores a si mesma.
Desenvolve assim, em seus iniciados, a ideia de que somente nas lojas maçônicas se realiza a modelagem e o alisamento da pedra bruta, não talhada. E só o fato de a Maçonaria criar uma irmandade excluindo todas as outras irmandades fora dela (que são consideradas pela Maçonaria como ‘não instruídas’, mesmo sendo cristãs) comprova claramente suas pretensões de ser uma super-religião. Isso significa que, pela iniciação maçônica, um cristão se torna irmão do muçulmano, do budista ou de qualquer tipo de racionalista, enquanto o cristão não iniciado na maçonaria se torna para ele um estranho.
Por outro lado, a Maçonaria ao exaltar com destaque o conhecimento e ao auxiliar a investigação livre como uma 'busca da verdade sem restrições' (segundo seus rituais e constituição), e, mais do que isso, ao adotar a chamada ética natural mostra, neste sentido, estar em aguda contradição com a religião cristã. Pois, a religião cristã exalta a fé acima de tudo, confinando a razão humana aos limites traçados pela Revelação Divina, conduzindo à santidade pela ação sobrenatural da Graça. Em outras palavras, o Cristianismo — como religião da Revelação — possuindo seus dogmas, verdades racionais e sobrenaturais, exige primeiro a fé, e fundamenta sua estrutura moral na Graça Divina; a Maçonaria tem unicamente a verdade natural, oferecendo como conhecimento aos seus iniciados a investigação apenas por meio da razão. Baseia sua estrutura moral somente nas forças naturais do homem, visando não mais que objetivos naturais.
Assim, a contradição incompatível entre o cristianismo e a maçonaria é bastante clara. É natural que várias Igrejas de diversas denominações tenham tomado uma posição contra a Maçonaria. Não somente a Igreja Ocidental condenou por suas próprias razões o movimento maçônico por meio de numerosas encíclicas papais, mas as comunidades luterana, metodista e presbiteriana também a declararam como incompatível com o cristianismo. Muito mais a Igreja Católica Ortodoxa, mantendo em sua integridade o tesouro da fé cristã, se posicionou contra ela, cada vez que a questão da Maçonaria foi levantada. Recentemente, a Comissão Interortodoxa que se reuniu no Monte Athos, da qual participaram os representantes de todas as Igrejas Ortodoxas Autocéfalas, caracterizou a Maçonaria como um "sistema falso e anticristão".
A assembleia dos Bispos da Igreja da Grécia, na sessão acima mencionada, após investigações e discussões, ouviu e aceitou com alívio as seguintes conclusões de seu presidente, Sua Graça Arcebispo Crisóstomo de Atenas:
A Maçonaria não pode ser de forma alguma compatível com o cristianismo, pois, é uma organização secreta, agindo e ensinando em mistério e racionalismo secreto e deificante. A Maçonaria aceita como seus membros não apenas cristãos, mas também judeus e muçulmanos. Consequentemente, os clérigos não podem ser autorizados a participar desta associação. Considero digno de degradação todo clérigo que o faz.
É necessário exortar todos os que nela entraram sem pensar e sem examinar o que é a Maçonaria, para cortar todas as conexões com ela, pois somente o cristianismo é a religião que ensina a verdade absoluta e atende às necessidades religiosas e morais dos homens. Por unanimidade e a uma só voz, todos os Bispos da Igreja da Grécia aprovaram o que foi dito, e declaramos que todos os filhos fiéis da Igreja devem se afastar da Maçonaria.
Com fé inabalável em Nosso Senhor Jesus Cristo, ‘em quem temos a nossa redenção pelo seu sangue, a remissão dos nossos pecados, segundo as riquezas da sua graça, pela qual nos abunda em toda a sabedoria e prudência’ (Efésios 1, 7-9), possuindo a verdade revelada por Ele e pregada pelos Apóstolos, ‘não com palavras persuasivas de sabedoria’, mas participando dos Sacramentos divinos, pelos quais somos santificados e salvos pela vida eterna, não devemos cair da graça de Cristo tornando-nos participantes de outros mistérios.
Não é lícito pertencer ao mesmo tempo a Cristo e buscar a redenção e a perfeição moral fora d'Ele. Por estas razões, o verdadeiro cristianismo é incompatível com a maçonaria.
Portanto, todos os que se envolveram nas iniciações dos mistérios maçônicos devem, a partir deste momento, romper todas as relações com as lojas e atividades maçônicas, tendo a certeza de que estão assim, com certeza, renovando seus vínculos com nosso único Senhor e Salvador; que foram enfraquecidos pela ignorância e por um sentido errado de valores. A Assembleia dos Bispos da Igreja da Grécia espera isso, particularmente, e com amor dos iniciados nas Lojas, estando convencida de que a maioria deles recebeu iniciação maçônica não percebendo que por ela estavam passando para outra religião, mas, ao contrário, por ignorância, pensando que nada tinham feito de modo diverso à fé de seus pais. Recomendando-os à simpatia, e de modo algum à hostilidade ou ódio dos filhos fiéis da Igreja, a Assembleia dos Bispos chama-os a rezar com ela de coração no amor cristão, para que o único Senhor Jesus Cristo ‘o caminho, a verdade e a vida’ possa iluminar e retornar à verdade aqueles que na ignorância se desviaram".
Declaração Oficial do Sínodo da ROCOR Americana (Atual OCA)
Um ano antes, em 1932, a Igreja Russa Fora da Rússia (ROCOR) havia condenado também a maçonaria. Em 1949, o antigo Sínodo da Metrópole Russa na América, atual Igreja Ortodoxa da América (OCA), ratificou formalmente a declaração da Igreja da Grécia e em 1960, o Sínodo reiterou essa declaração:
O Grande Conselho dos Bispos da Igreja Greco-Católica Ortodoxa Russa da América, em sessão em 29 de março de 1960 RESOLVEU: divulgar novamente para informação geral, a resolução relativa à Maçonaria aprovada pelo Grande Conselho dos Bispos em 25 de outubro de 1949, que se lê como segue:
a) advertir os membros da Igreja Ortodoxa Russa da América e especialmente os pastores, sobre a incompatibilidade de ser membro da Igreja salvadora de Cristo e simultaneamente ser membro de Lojas Maçônicas, que são uma mistura de religiões pagãs e outras com certas "iniciações" secretas como um ritual fixo da ordem;
b) explicar aos fiéis que nossa Igreja vê a Maçonaria em perfeita harmonia com o ensinamento da Igreja Ortodoxa Grega e aceita seu testamento expresso pelo Chefe da Igreja dos Helenos, o Reverendíssimo Crisóstomo, Arcebispo de Atenas, na sessão de 12 de outubro, 1933 em Atenas, nas seguintes duas declarações:
PRIMEIRO: Todos os filhos fiéis da Igreja devem se afastar da Maçonaria. Com fé inabalável em Nosso Senhor Jesus Cristo, possuindo a verdade revelada por Ele e pregada por Seus Apóstolos, participando dos Sacramentos Divinos pelos quais somos santificados, não devemos cair da graça de Cristo, tornando-nos participantes de outros mistérios. Não é lícito pertencer ao mesmo tempo a Cristo e buscar a redenção e a perfeição moral fora dEle.
SEGUNDO: todos os que se envolveram nas iniciações dos mistérios maçônicos devem, a partir deste momento, romper todas as relações com as lojas e atividades maçônicas, tendo a certeza de que estão assim, com certeza, renovando seus laços com nosso único Senhor e Salvador, que foram enfraquecidos pela ignorância e um sentido errado de valores.
c) reiterar a declaração das Igrejas Orientais àqueles que ingressaram na maçonaria não percebendo que por ela se estava passando para outra religião comparável às seitas gnósticas do Egito, Síria, Ásia Menor, Pérsia e Grécia, que a Igreja espera com grande amor sua contrição por sua saída ignorante de Cristo, e convida todos os fiéis a orar para que o único Senhor Jesus Cristo 'o caminho, a verdade e a vida' possa iluminar e devolver à verdade aqueles que na ignorância se desviaram.
d) advertir todos os fiéis, especialmente os jovens, a levarem a sério as instruções do nosso Episcopado sobre a Maçonaria, que a Graça de Deus esteja com eles, seus pais e parentes e com suas organizações, agora permanecendo nas misericórdias lá do alto por sua lealdade à Igreja Ortodoxa de seus pais.
Esta resolução deve ser promulgada a todos os interessados e publicada no órgão oficial da Metrópole e, se possível, em circulares, para a orientação de todos.
Ao informar todos os membros da Igreja Ortodoxa Russa da América sobre o acima exposto, o Grande Concílio de Bispos recomenda fortemente que todos os Reitores Reverendos admoestem seus paroquianos que são membros das Lojas Maçônicas, e usem sua influência pastoral, especialmente durante a Penitência, que se arrependam e abandonem as organizações maçônicas. Os paroquianos que se recusarem a fazer isso serão privados, como pecadores não arrependidos, da Sagrada Comunhão do Corpo e Sangue de Cristo, para quem é glória e honra para sempre. Amém.
Os nomes dos privados de comunhão devem ser mantidos nos registros paroquiais como prova de sua exclusão da participação nos conselhos paroquiais, diocesanos, bem como delegados do All-American Sobor. ASSINADO pelo Membro do Conselho Metropolitano Protopresbítero Feofan Buketoff e Secretário do Conselho Metropolitano Reverendo Joseph Pishtey.
Declaração do Arcebispo Cipriano do Chipre
Em 2 de fevereiro de 1815, no Chipre, o Arcebispo Cipriano, mártir nacional, faz uma declaração contra a Maçonaria durante a revolução grega contra a Turquia, onde ele derramou seu sangue em defesa da liberdade de sua pátria grega da Turquia.
“Portanto, revestidos das vestes sagradas de epitrachelion e omophorion, dizemos: Se alguém vos pregar outro evangelho que não o que vos pregamos, ainda que seja um anjo do céu, que seja anátema”. (Gal. 1,8,9). Todos quantos forem dignos, que persigam um emprego tão diabólico e ilegal da Maçonaria, e todos aqueles que seguirem sua paixão e seu erro, sejam excomungados e amaldiçoados pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo. Após a morte, eles serão imperdoáveis, indissolúveis e inchados.
Gemendo e tremendo, como Caim, eles estarão sobre a terra. (Gn 4:14). A terra se fenderá e os engolirá, como Datã e Abirão (Num. 16, 31-32). A ira de Deus estará sobre suas cabeças, e sua porção juntamente com Judas, o traidor.
Como anjo do Senhor os julgará com uma espada flamejante e, até o fim de suas vidas, eles não saberão do progresso. Que suas obras e labutas não sejam abençoadas e tornem-se uma nuvem de pó, como uma eira de verão. E todos os que realmente permanecerem em sua maldade terão tal recompensa. Mas todos os que saírem do meio deles e forem separados, e tendo cuspido sua abominável heresia, e se afastarem de sua maldita paixão, tal espécie receberá o salário do zeloso Finéias (Números 25:11); antes, sejam abençoados e perdoados pelo Pai e o Filho e o Espírito Santo, Trindade Única, Indivisa e Distinta, Um Só Deus em Sua Natureza e para nós Seus servos".
Da mesma forma, o arcebispo Hierotheus de Patras, Grécia, publicou duas encíclicas abrangentes contra a Maçonaria, uma em 5 de outubro de 1897 e outra em 22 de agosto de 1899.
Declaração Oficial da ROCOR - agosto de 1932
“Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas têm aparecido no mundo.” (I João 4.1)
Se alguma vez houve um tempo em que estas palavras sagradas do discípulo amado de Cristo, São João, puderam encontrar sua aplicação mais profética, certamente é o nosso. Nosso período conturbado é muito pobre em profetas. Por outro lado, ela é abundante em falsos profetas. O mundo está se tornando mais pobre no "Espírito de Deus", mas se torna rico no "espírito do erro".
A antiga serpente, que é o diabo e Satanás (Ap 20:2) envenenou e infectou os corações dos homens com muitas falsas doutrinas, heresias e seitas, que ele usa para seduzir aqueles cuja fé não é sólida, aqueles que não são instruídos no conhecimento dos mistérios do Reino de Deus, desviando-os da fé em Deus, na Igreja de Cristo...
A Maçonaria é uma organização internacional secreta para lutar com Deus, o cristianismo e todos os governos nacionais e especialmente os governos cristãos. Na organização internacional, o primeiro lugar de influência e importância pertence aos membros judeus. Por causa disso e de outras razões importantes, é proibido que todos os cristãos ortodoxos se tornem maçons.
Diante do exposto, o Santo Concílio decide:
(1) Condenar a Maçonaria como uma doutrina e uma organização contrária ao Cristianismo...
(2) Condenar igualmente todas as doutrinas e organizações que possuem afinidade com a Maçonaria, como Teosofia, Antroposofia, todas as formas de “gnosticismo cristão” [que incluiria coisas como “Yoga Cristã”, “Zen Cristão, etc.] e a YMCA (Associação Cristã de Moços – Ecumenismo).
(3) Recomendar aos bispos diocesanos e aos chefes de missão que forneçam ao seu clero todas as informações que possam servir para esclarecer os fiéis sobre as doutrinas e organizações errôneas acima mencionadas...
(4) Recomendar aos párocos a necessidade de questionar toda pessoa que se apresenta para confissão com o objetivo de descobrir se essa pessoa é ou não membro de uma organização maçônica e se compartilha ou não de suas doutrinas. Se parecer que a pessoa é membro ou compartilha seus ensinamentos, explique-lhe que a participação nessas organizações é incompatível com o nome de cristão, com ser membro da Igreja de Cristo. Que ele deve tomar a firme decisão de romper com a Maçonaria e com as doutrinas relacionadas a ela; e se não o fizer, não o admitir à Sagrada Comunhão; e se ele se recusar a se arrepender, excomungá-lo da Santa Igreja.
Depois de vos ter dado as nossas recomendações pastorais sobre os inimigos de Deus e da nossa salvação, recordamos-vos as exortações do Santo Apóstolo: “Amados, esforcei-me por vos escrever sobre a salvação comum, foi necessário que eu vos escreva, e vos exorto a batalhardes pela fé que uma vez foi dada aos santos... Edificando-vos na vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna”. (Judas 3, 20, 21.)
“Todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?... Sabemos que somos de Deus, e o mundo inteiro jaz no mal. E sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e estamos naquele que é verdadeiro, sim, em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus Verdadeiro e a vida eterna.” (I João 4-5, 19-20.) Amém!
Presidente do Conselho de Bispos da Igreja Ortodoxa Russa Fora da Rússia,
+Metropolita ANTHONY
1 O mito de Hiram Abiff, tal como transmitido nas Lojas Maçônicas, fundamenta o terceiro grau. Ele começa com sua chegada em Jerusalém, e sua nomeação por Salomão como arquiteto chefe e mestre de obras na construção do Templo. Até que surgem três assassinos, que o levam a morte por meio de golpes com instrumentos de trabalho; a régua, o esquadro e o maço, o levando a morte.
Na Maçonaria repetem: "Assassino, aquele que trai os ideais maçônicos, pois destrói a vida espiritual".
Forçado a revelar seus segredos, Hiram responde:"Perco minha vida, mas não revelo os segredos", e por essa recusa é ferido. No dia seguinte, Salomão envia um grupo para investigar e descobrir a respeito de Hiram. Seu corpo é encontrado embaixo de um pé de acácias. Todos os Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria contém uma parcela da Lenda de Hiram Abiff e uma das regras determina que seja observada essa lenda. Na realidade ela possui uma simbologia esotérica e toda liturgia iniciática maçônica a envolve.
(fonte:Wikipedia)
FONTES:
Freemasonry: Official Statement of the Church of Greece (1933) - Orthodox Christian Information Center
A Letter from Metropolia condemning Freemasonry - St. Nicholas Russian Orthodox Church
Freemasonry in American Orthodox history - Matthew Namee - Orthodox History
Freemasonry and Its Condemnations by the Orthodox Church - True Orthodox Faith Awareness
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